É a primeira vez que a chuva cai enquanto a gente conversa.
A segunda vez que minha orelha continua doendo mesmo depois de você ir embora.
É estranho demais sentir o que eu sinto.
Essa culpa não sei de onde sai.
Sonhar com quem não se deve, muito menos de um jeito que eu nunca imaginei.
É horrível lembrar as besteiras que eu penso toda hora.
Eu tenho que parar de me culpar por coisas que eu sequer controlo.
Não tenho certeza de mais nada.
Ás vezes não tenho nem respostas.
Só concordo.
Ou discordo sem argumentar.
Minha cabeça parece que vai explodir.
Ou acho que ela vai se esvaziar de vez.
Não sei o que pensar.
Não sei por onde passar.
Não sei o que dizer.
Não sei o que fazer antes ou depois.
Talvez eu esteja presa a algo que eu sequer sei o quê.
Talvez eu esteja livre até demais.
Ainda procuro respostas.
Ainda procuro vestígios de algo que me dê uma luz.
Procuro uma estrela que pisque ou um farol que me dê sinal de luz.
Ou talvez quem sabe se escurecer de vez eu saiba como agir.
Ou não, depende...
De mim, ou de ninguém...
Ou de alguma coisa...
Não há tempo que passe tão rápido ou tão devagar quanto eu queira.
Talvez eu subestime minha paciência.
Talvez eu não saiba o que eu estou fazendo.
Talvez eu dê corda para eu mesma me enforcar.
Ou talvez eu não tenha medo o suficiente para parar onde estou e não correr riscos pela frente.
Eu posso dizer o que eu quero.
Talvez eu possa sentir o que eu quero.
Talvez eu esteja somente fugindo de mim mesma.
Caminhando a passos largos, para encontrar o obstáculo mais forte.
E dizer que foi só mais um dia...
E que amanhã tem mais...
Tem muito mais pela frente...
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