Você pode encará-los como sinais, despropósitos ou ante meios.
Você pode tocá-los tal qual uma estrela.
Você pode marcá-los para sempre ou se deixar marcar.
Você pode fazê-los mudar ou se deixar mudar.
*
Prefira guardá-los consigo.
Prefira não confrontá-los.
Prefira permanecer indiferente.
*
Não que eu queira me atirar ponte abaixo; bem talvez eu quisesse, talvez eu pudesse, talvez eu devesse ter feito.
Não que meus olhos mentissem, escondessem ou negassem; o papel que lhes cabia, fizeram-no. O papel que lhes coube, não por escolha, mas por conveniência.
Só sabiam dizer o que não sabiam esconder.
*
Queria lhe dizer que não havia saída, mas houve.
Houveram saídas suficientes, mas se pudéssemos voltar no tempo, acho que minhas escolhas não seriam muito diferentes, talvez se seguíssemos rumos diferentes antes, tudo estaria diferente.
As coisas não estão tão más, somente nossas cicatrizes que se abrem às vezes e mostram lembranças que não somem ou nos deixam em paz.
Só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e proteção.
Talvez pudéssemos voltar a dormir, como você havia dito que ainda era cedo...
Vão-se sonhos...
Vêem-se ondas...
Vira-se a mesa...
Vai-se a lembrança...
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